
Seu nome vem do Sri-Lanka, Ceilão, onde era chamado "turmalii" ou "torra molli": pedra que puxa as cinzas, consideravam-na um zircão de cor. Foi somente em 1703 que os holandeses a trouxeram para a Europa. Ela foi identificada por Buffon em 1759. Ela apresenta o fenômeno de piezoeletricidade e de piroeletricidade: ela se carrega de eletricidade sob a pressão ou ao calor.
Os holandeses, no século XVIII, se serviam dela para extrair cinzas de seus cachimbos. Na França, dizia-se "o ímã do Ceilão". Conforme suas composições, que variam, são distinguidas "várias" turmalinas, como: A elbaita (nome vindo da Ilha de Elba na Itália), na realidade "cabeça de Mouro" com extremidade preta. A dravita (da Drave na Caríntia/Áustria). A buergerita (em homenagem ao americano M. S. Buerger), A tsilaisita (uma localidade de Madagascar), A uvita (província de Uva no Sri-Lanka), A liddicoatita (em honra ao gemólogo Liddicoat) bicolor rosa-verde, frequentemente variedade melancia, A schorl de cor preta.
As turmalinas são repartidas em diversas variedades conforme a cor: A acroíta "sem cor", incolor e muito rara. A rubelita, vermelha, a mais procurada e vermelho framboesa. A dravita: amarelo à marrom escuro. A verdelita "pedra verde", a mais frequente. A indigolita ou indicolita com tonalidades azul-pato, muito apreciada. A siberita: rosa lilas à azul violáceo. A schorl (antigamente la schorlita), muito frequente, de cor preta. A variedade paraíba é um nome comercial utilizado para as elbaítas azul-verde descobertas no Estado da Paraíba no Brasil em 1987, sua cor seria devido ao manganês e ao cobre, são gemas muito procuradas.
Existem turmalinas com chatoyance tipo "olho de gato" que encontra-se no Brasil predominantemente em verde, ou até azul. Um cristal de turmalina é raramente de cor única, existe em geral uma gradação de cores do ápice até a base da pedra ou então do centro à periferia também da pedra. Terminado em preto, o cristal se diz "cabeça de Mouro", terminado em vermelho, "cabeça de Turco", em vermelho ao centro e em torno verde, "melancia". Existe também turmalinas cromíferas onde a cor é muito intensa.
Rubelita (Turmalina Rosa)
É a variedade de turmalina de cor rosa a vermelha, ocasionalmente com tonalidade violeta. É transparente e sua composição química é $(NaLiCa)(Fe^{11}MgMnAl)_3 Al_6[(OH)_4(BO_3)_3Si_6O_{18}]$ (borossilicato complexo de alumínio de composição variável). As jazidas mais importantes são encontradas no Sri Lanka, Madagascar e Brasil. Atua no quarto chakra (cardíaco), transmitindo a energia de amor gerada no coração diretamente às células do corpo físico.
A turmalina não possui clivagem. Seu hábito é prismático. A sua fratura é subconcoidal a regular. Tem dureza 7-7.5 e o seu peso específico é de 2.9-3.2, a densidade é mais elevada nas espécies portadoras de ferro. É transparente a opaca com brilho vítreo, por vezes resinoso em espécimes escuros.
A turmalina cristaliza no sistema trigonal e apresenta-se geralmente sob a forma de cristais de longos e delgados a prismáticos e colunares grossos geralmente com seção triangular. É interessante notar que as terminações dos cristais são assimétricas (hemimorfismo).
Os cristais prismáticos delgados são comuns num granito de grão fino chamado aplito frequentemente formando um padrão radial. A turmalina é distinguida pelos seus prismas de três faces; nenhum outro mineral comum apresenta três faces. Os prismas têm frequentemente estriações verticais bem marcadas que ajudam a identificá-los. A turmalina é raramente euédrica. Uma exceção eram as dravites de Yinnietharra, Austrália ocidental. O depósito foi descoberto nos anos 70, mas encontra-se já esgotado. Em Minas Gerais, encontram-se cristais euédricos.
A turmalina apresenta uma grande variedade de cores. Geralmente as ricas em ferro vão desde o preto ou preto-azulado ao castanho escuro; aquelas ricas em magnésio são castanhas a amarelas e as turmalinas ricas em lítio apresentam-se praticamente em todas as cores do arco-íris, azul, verde, vermelho, amarelo ou cor-de-rosa etc. Muito raramente são incolores. Os cristais bicoloridos e multicoloridos são relativamente comuns, refletindo variações da composição do fluido durante a cristalização. Os cristais podem ser verdes numa extremidade e cor-de-rosa na outra ou verdes no exterior com interior cor-de-rosa (este último tipo é por vezes chamado turmalina melancia).
Informações Técnicas e Energéticas
Cor do traço: branco
Brilho: vítreo
Dureza: 7.0 a 7.5
Densidade: 2.80 a 3.35
Clivagem: imperfeito
Fratura: concoide, irregular
Afinidades astrológicas
Signos do zodíaco: capricórnio, aquário, peixes, aries, touro, câncer, virgem, balança, escorpião, sagitário; Estas são pedras favorecendo a serenidade e a sabedoria.
- Para o Áries: a rosa e a vermelha.
- Para o Touro e os Leões: a rosa.
- Para o Câncer: a azul, a preta e a rosa.
- Para o Capricórnio e Peixes: a verde.
- Para o Sagitário: a azul e a preta.
- Para o Escorpião: Rosa e preta.
- Para o Aquário: a azul.
- Para o Virgem: a turmalina melancia.
Mês: outubro
Energia: receptiva.
Planeta: Vênus.
Chakra: esplênico.
Efeitos Energéticos
Aumenta a criatividade e a fertilidade: Concede alegria e vontade de viver, dissipando todos os dissabores do passado. Reforça a vontade de compreender o amor e estimula a criatividade da aspiração amorosa. Amplifica as qualidades curativas do coração e promove paz e alegria durante o período de crescimento e de mudanças, liberando tendências destrutivas. Turmalina rosa: suaviza as emoções e facilita o processo criativo. Boa para pessoas com dificuldade de relacionamentos ou com medo de se ferirem em questões de amor. Ajuda a pessoa a se aceitar e amar a si mesmo. (4º chakra: cardíaco).
